Nos últimos dias, tenho estado imerso em um novo território de criação no Centre International des Récollets, bem no coração de Paris.
O prédio, que já foi convento, hospital militar e até forja, hoje abriga artistas do mundo todo — e agora também meu ateliê temporário. Um lugar de troca, escuta e atravessamentos.
Aqui estou desenvolvendo um trabalho que envolve memória, linguagem e infância, conectando comunidades por meio da arte mural. Diferente de uma residência tradicional, confinada aos muros do ateliê, essa experiência transborda: acontece na cidade, em uma biblioteca pública, e ganha forma também em colaboração com uma artista local. A rua é parte do processo, e o encontro é parte da obra.
A primeira etapa acontece com crianças francesas, em uma biblioteca pública Bibliothèque Benjamin Rabier. A segunda será em São Bernardo do Campo, no Centro de Convivência do Jardim Limpão - projeto parceiro de longa data.
Essa travessia faz parte do meu novo projeto (um pequeno spoiler do que ainda virá) do que chamo de Instituto Melim — uma missão de vida que agora também encontra ecos na França.
Gratidão ao programa Saison Brésil-France, por tornar tudo isso possível.
Em breve compartilho mais. Por enquanto, sigo riscando silêncios e grafando esses encontros.